Historiador, graduado pela Universidade Guarulhos. Pedagogo pela Universidade Metropolitana de Santos e Professor de Educação Física. Especialização em Educação em Foco e Educação Inclusiva pela Faculdade de Educação Paulistana. Professor de Ensino Fundamental II e Médio nas redes Municipal e Estadual Paulista. Cursando Educação Intelectual e Ciências Biológicas. Professor Coordenador Pedagógico, Vice Diretor e Diretor Escolar na rede estadual de São Paulo.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
As duas formas de colonização.
As colônias de povoamento correspondem àquelas que se
desenvolveram nas áreas temperadas da América, melhor exemplificadas com as
colônias inglesas da América do Norte, especialmente a Nova Inglaterra. Essas,
apresentam as seguintes características:
. • A produção colonial atendia à satisfação das
necessidades internas e se organizava em pequenas propriedades, com grande
utilização do trabalho livre e familiar.
• Povoamento por grupos familiares de refugiados
religiosos (puritanos); por essa razão, permanente, onde o ideal de fixação
estava associado ao desejo de prosperidade
e desenvolvimento, tentando reproduzir na América a forma de vida que possuíam
na Europa.
• Criação de um mercado interno.
• Valorização da educação, da instrução e da mulher.
• Consciência da autonomia e desenvolvimento precoce do ideal de
emancipação.
As colônias de exploração,
exemplificada pela colonização portuguesa no Brasil, correspondiam aos
interesses mercantilistas da época e apresentam as seguintes características:
• Ocupação espontânea, conseqüentemente temporária, por grupos
de indivíduos onde o ideal de fixação foi suplantado pelo ideal de exploração
econômica, de forma imediata e sem grandes investimentos.
• Ideal de enriquecimento rápido na colônia com gastos na Europa
(“Fazer a América”), vinculado à mentalidade transoceânica, em que, em geral,
as famílias ficavam na metrópole.
• Exportação para a metrópole da totalidade dos lucros obtidos
com a produção colonial.
• Produção em grande escala para o mercado externo, atendendo
aos interesses metropolitanos, baseada na grande propriedade e no trabalho
escravo.
• Economia extrovertida e dependente, impedindo a formação de um
mercado interno.
• Desvalorização do trabalho manual, da educação, da instrução e
da mulher.
• Desenvolvimento tardio do ideal de emancipação.
Os dois tipos de colonização explicam as diferenças que se
apresentarão posteriormente: o Brasil colônia não prosperou, ao contrário da
Nova Inglaterra, que foi o embrião do desenvolvimento norte-americano.
Portanto, é o sentido da colonização, essencialmente de exploração, o grande
responsável pelos problemas do atraso que ainda hoje marcam o nosso país, e não
outros fatores, como clima, raça, miscigenação ou religião, carentes de base
histórico-científica.
Uma experiência de colonização de povoamento no Brasil foi
realizada no litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, no século XVIII.
Para estas áreas foram trazidas famílias, em caráter permanente, que, entre
outras, desenvolveram a produção diversificada em pequenas propriedades. E o
caso de Florianópolis e Laguna, em Santa Catarina, e de Porto dos Casais, no
Rio Grande do Sul, hoje a cidade de Porto Alegre.
Fonte: http://www.coladaweb.com
A Democracia grega - Grécia
Diretamente da aula do Zé Sergio (Filosofia da Educação, USP), seguem 3 conceitos fundamentais para a democracia grega, que são de grande valia para quem quer fazer educação de maneira responsável:
1- Política (pólis=cidade grega, cidade-estado)
É uma forma de gestão da pólis. Ou seja, é tudo que se refere ao coletivo, que diz respeito a todos - ou a uma parte significativa, evidentemente. A política seria uma alternativa às outras formas de gestão da cidade (como a tirania ou a anarquia). A política estaria para a tirania como a diplomacia está para a guerra: é uma forma de se resolver os problemas sem recorrer à violência. Pelo contrário, utilizando aquilo que nos é tão precioso: a razão.
2- Isonomia: (iso=mesmo, igual / nomia=regras, normas)
Todos os homens estão sujeitos às mesmas leis e normas - ou seja, ninguém é "semi-deus", somos todos homens, e os homens devem ter os mesmos direitos e deveres na sociedade. Começa, aqui, uma busca pela objetividade da "gestão do coletivo". As normas e leis não podem ser mudadas, como as vontades de um imperador: elas são compartilhadas por todos.
3- Isegoria:
Todos os cidadãos têm igual direito de manifestar sua opinião política para todos os outros. A palavra de dois homens têm igual valor perante a sociedade. Quando as opiniões divergem, é preciso que se discuta a questão. Através do discurso, da fala, os cidadãos têm o direito de convencer os outros sobre seu ponto de vista.
Persuasão:
Nenhum homem detém toda a verdade sobre as coisas. Assim, os homens não conseguem falar verdades, podem ter apenas opiniões (doxa). E muitas vezes essas opiniões divergem quanto a problemas comuns. Para o madeireiro é bom estimular o desenvolvimento frenético da Amazõnia, enquanto para os índios, seringueiros e a opinião midiática global isso não é desejável. Mas todos gostam de comprar produtos amazônicos.
Não há uma verdade clara. As pessoas precisam discutir, com inteligência e clareza, para chegar num acordo. Neste processo, cada um utiliza os meios disponíveis para persuadir o outro. Mudar a opinião do outro. Sem o esforço de persuasão, a democracia não é possível.
Resta, portanto, a questão: o que queremos dizer com persuasão? Quando as formas de persuasão são violentas? Quando são democráticas? Quando são educacionais?
Democracia: (demo=povo / cracia=poder)
Democracia: (demo=povo / cracia=poder)
O povo governado pelo povo. Seria o mesmo que Isocracia. Um ideal aparentemente simples e trivial, que até hoje estamos tentando praticar - e mesmo formular.
copiado na íntegra.
O abade Grégoire, o Haiti e o Brasil: repercussões no raiar do século XIX
A revolução Haitiana e seus reflexos no
Brasil e nas Américas.
Clique no link abaixo e leia o interessante resumo da obra de Marco Morel, Doutor em história pela Universidade de Paris e professor do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
http://www.almanack.usp.br/PDFS/2/02_artigos_3.pdf
A
revolução Haitiana que claramente sofreu fortes influências da Revolução
francesa, teve entre seus destacados defensores a importante participação de um
abade, Henri Grégoire (1750-1831), que de modo geral se destaca da maioria do
clero, seja por sua atividade intelectual ou
pela projeção política,
destacando se como uma figura de peso intermediário entre padres e bispos tendo
importante visibilidade na sociedade da época, suas concepções e falas tinham
importantes impactos principalmente entre os intelectuais, na vida política e
religiosa européia do século XIX.
Grégoire
e seus seguidores acreditavam que a revolução haitiana tenderia a ser um
espelho para o restante das Américas. Grégoire chegou a afirma que: “A
Revolução Haitiana, pelo fato apenas de sua existência, terá talvez uma grande
influência sobre o destino dos Africanos no novo mundo”. (Material de Apoio - REDEFOR
2012). O abade via com preocupação o risco de outras revoluções como aconteceu
no Haiti, daí proponha As autoridades e proprietários a empreender de forma
gradual o fim do tráfico e da escravidão.
A
participação do abade Henri Grégoire, que combatia o preconceito racial, a
dominação colonial européia, apoiava a revolução haitiana e via com bons olhos
a abolição gradual da escravatura, teve importante impacto na época e
repercutiu no Brasil e nas demais colônias, com fortes influencias no clero,
nas questões sociais e na política. As colocações do abade vinha ao encontro dos ideais de muitos dos abolicionistas
locais; pessoas que encontravam-se nos mais diversos campos de atuação dentro
da sociedade, tanto na colônia, como na metrópole se identificavam com sua
visão diante do que ele chamava de “amigos da escravidão e inimigos da
humanidade”, pois para ele a pessoa que apoiava a escravidão não podia se
considerar humano. Por outro lado, as visões do abade geraram preocupação nas
autoridades e aqueles que apoiavam a escravatura e suas formas de torturas;
gerando perseguições e suspeitas.
Clique no link abaixo e leia o interessante resumo da obra de Marco Morel, Doutor em história pela Universidade de Paris e professor do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
http://www.almanack.usp.br/PDFS/2/02_artigos_3.pdf
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