A
revolução Haitiana que claramente sofreu fortes influências da Revolução
francesa, teve entre seus destacados defensores a importante participação de um
abade, Henri Grégoire (1750-1831), que de modo geral se destaca da maioria do
clero, seja por sua atividade intelectual ou
pela projeção política,
destacando se como uma figura de peso intermediário entre padres e bispos tendo
importante visibilidade na sociedade da época, suas concepções e falas tinham
importantes impactos principalmente entre os intelectuais, na vida política e
religiosa européia do século XIX.
Grégoire
e seus seguidores acreditavam que a revolução haitiana tenderia a ser um
espelho para o restante das Américas. Grégoire chegou a afirma que: “A
Revolução Haitiana, pelo fato apenas de sua existência, terá talvez uma grande
influência sobre o destino dos Africanos no novo mundo”. (Material de Apoio - REDEFOR
2012). O abade via com preocupação o risco de outras revoluções como aconteceu
no Haiti, daí proponha As autoridades e proprietários a empreender de forma
gradual o fim do tráfico e da escravidão.
A
participação do abade Henri Grégoire, que combatia o preconceito racial, a
dominação colonial européia, apoiava a revolução haitiana e via com bons olhos
a abolição gradual da escravatura, teve importante impacto na época e
repercutiu no Brasil e nas demais colônias, com fortes influencias no clero,
nas questões sociais e na política. As colocações do abade vinha ao encontro dos ideais de muitos dos abolicionistas
locais; pessoas que encontravam-se nos mais diversos campos de atuação dentro
da sociedade, tanto na colônia, como na metrópole se identificavam com sua
visão diante do que ele chamava de “amigos da escravidão e inimigos da
humanidade”, pois para ele a pessoa que apoiava a escravidão não podia se
considerar humano. Por outro lado, as visões do abade geraram preocupação nas
autoridades e aqueles que apoiavam a escravatura e suas formas de torturas;
gerando perseguições e suspeitas.
Clique no link abaixo e leia o interessante resumo da obra de Marco Morel, Doutor em história pela Universidade de Paris e professor do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
http://www.almanack.usp.br/PDFS/2/02_artigos_3.pdf
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