domingo, 13 de maio de 2012

O abade Grégoire, o Haiti e o Brasil: repercussões no raiar do século XIX

A revolução Haitiana e seus reflexos no Brasil e nas Américas.
A revolução Haitiana que claramente sofreu fortes influências da Revolução francesa, teve entre seus destacados defensores a importante participação de um abade, Henri Grégoire (1750-1831), que de modo geral se destaca da maioria do clero, seja por sua atividade intelectual ou  pela  projeção política, destacando se como uma figura de peso intermediário entre padres e bispos tendo importante visibilidade na sociedade da época, suas concepções e falas tinham importantes impactos principalmente entre os intelectuais, na vida política e religiosa européia do século XIX.   
Grégoire e seus seguidores acreditavam que a revolução haitiana tenderia a ser um espelho para o restante das Américas. Grégoire chegou a afirma que: “A Revolução Haitiana, pelo fato apenas de sua existência, terá talvez uma grande influência sobre o destino dos Africanos no novo mundo”. (Material de Apoio - REDEFOR 2012). O abade via com preocupação o risco de outras revoluções como aconteceu no Haiti, daí proponha As autoridades e proprietários a empreender de forma gradual o fim do tráfico e da escravidão.
A participação do abade Henri Grégoire, que combatia o preconceito racial, a dominação colonial européia, apoiava a revolução haitiana e via com bons olhos a abolição gradual da escravatura, teve importante impacto na época e repercutiu no Brasil e nas demais colônias, com fortes influencias no clero, nas questões sociais e na política. As colocações do abade vinha ao encontro  dos ideais de muitos dos abolicionistas locais; pessoas que encontravam-se nos mais diversos campos de atuação dentro da sociedade, tanto na colônia, como na metrópole se identificavam com sua visão diante do que ele chamava de “amigos da escravidão e inimigos da humanidade”, pois para ele a pessoa que apoiava a escravidão não podia se considerar humano. Por outro lado, as visões do abade geraram preocupação nas autoridades e aqueles que apoiavam a escravatura e suas formas de torturas; gerando perseguições e suspeitas.




Clique no link abaixo e leia o interessante resumo da obra de Marco Morel, Doutor em história pela Universidade de Paris e professor do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

http://www.almanack.usp.br/PDFS/2/02_artigos_3.pdf

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