sábado, 30 de maio de 2020

As civilizações pré-colombianas


O processo de descoberta do continente americano representou para os europeus o contato com um mosaico de culturas bastante peculiar. Mais do que se encantaram com o passível exotismo dos nativos, as tripulações do Velho Mundo deram de frente com civilizações complexas. Muitas dessas sociedades conheciam a escrita, desenvolveram sistemas matemáticos, possuíam calendários de enorme precisão e construíram centros urbanos mais amplos que as cidades da Espanha.

Por volta do século VII, a Cordilheira dos Andes foi palco do desenvolvimento das civilizações chimu, tiahuanaco e huari. Quase quinhentos anos depois, a reunião desses povos que ocupavam a região seria correspondente ao vasto Império Inca, administrado na cidade de Cuzco. Antes da chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de caráter expansionista, que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e abrigava cerca de seis milhões de pessoas.

Na porção central do continente americano, olmecas, toltecas, teotihuacanos, astecas e maias formaram sociedades distintas. Os maias, entre os séculos III e XI, estabeleceram um complexo de cidades-Estado que funcionavam de forma autônoma graças a um eficiente sistema de servidão coletiva. Segundo informações, a civilização maia teria congregado mais de dois milhões de habitantes. Quando chegaram à América, os espanhóis encontraram boa parte desses centros urbanos abandonados.

A mais vistosa civilização mesoamericana foi constituída pelos astecas, que conseguiram formar um império que ia do sul da Guatemala, até a porção oeste do México. A capital Tenochtitlán abrangia uma área de treze quilômetros quadrados e congregava uma população composta por centenas de milhares de habitantes. As populações vizinhas eram obrigadas a pagar vários impostos que garantiam a hegemonia asteca.

Cada aldeia asteca era integrada por diversas famílias, que utilizavam as terras férteis de forma coletiva. Uma parcela considerável da produção agrícola dos aldeões era destinada ao Estado, que distribuía o alimento recolhido para os funcionários públicos, os sacerdotes, militares e a família do imperador. Do ponto de vista político, possuíam uma monarquia centralizada nas mãos do Tlacatecuhtli, responsável pela condução da política externa e dos exércitos.

Em termos gerais, percebemos que o continente americano contava com uma ampla diversidade de culturas que se desenvolveram de forma própria. Contrariando o ideal eurocêntrico do Velho Mundo, as populações pré-colombianas estabeleceram relações sociais complexas, criaram suas próprias instituições políticas e engendraram os seus saberes.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/as-civilizacoes-precolombianas.htm

Texto copiado na íntegra.






Imigração no Brasil

O processo de imigração no Brasil intensificou-se a partir de 1808, quando um número expressivo de imigrantes europeus chegou ao país.
A marca da imigração no Brasil pode ser percebida especialmente na cultura e na economia das duas mais ricas regiões brasileiras: Sudeste e Sul.
A colonização foi o objetivo inicial da imigração no Brasil, visando ao povoamento e à exploração da terra por meio de atividades agrárias. A criação das colônias estimulou o trabalho rural. Deve-se aos imigrantes a implantação de novas e melhores técnicas agrícolas, como a rotação de culturas, assim como o hábito de consumir mais legumes e verduras. A influência cultural do imigrante também é notável.

História
A imigração teve início no Brasil a partir de 1530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra. A tendência acentuou-se a partir de 1534, quando o território foi dividido em capitanias hereditárias e se formaram núcleos sociais importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas.

Imigração portuguesa
A criação do governo-geral em 1549 atraiu muitos portugueses para a Bahia. A partir de então, a migração tornou-se mais constante. O movimento de portugueses para o Brasil foi relativamente pequeno no século XVI, mas cresceu durante os cem anos seguintes e atingiu cifras expressivas no século XVIII. Embora o Brasil fosse, no período, um domínio de Portugal, esse processo tinha, na realidade, sentido de imigração.
A descoberta de minas de ouro e de diamantes em Minas Gerais foi o grande fator de atração migratória. Calcula-se que nos primeiros cinquenta anos do século XVIII entraram só em Minas, mais de 900.000 pessoas. No mesmo século, registra-se outro movimento migratório: o de açorianos para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazônia, estados em que fundaram núcleos que mais tarde se tornaram cidades prósperas.

Os colonos, nos primeiros tempos, estabeleceram contato com uma população indígena em constante nomadismo. Os portugueses, embora possuidores de conhecimentos técnicos mais avançados, tiveram que aceitar numerosos valores indígenas indispensáveis à adaptação ao novo meio. O legado indígena tornou-se um elemento da formação do brasileiro. A nova cultura incorporou o banho de rio, o uso da mandioca na alimentação, cestos de fibras vegetais e um numeroso vocabulário nativo, principalmente tupi, associado às coisas da terra: na toponímia, nos vegetais e na fauna, por exemplo. As populações indígenas não participaram inteiramente, porém, do processo de agricultura sedentária implantado, pois seu padrão de economia envolvia a constante mudança de um lugar para outro. Daí haver o colono recorrido à mão de obra africana.

Elemento africano
Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram cerca de 4 milhões de negros trazidos da África para serem escravizados. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas.

Espanhóis, franceses, judeus
A entrada de estrangeiros no Brasil era proibida pela legislação portuguesa no período colonial, mas isso não impediu que chegassem espanhóis entre 1580 e 1640, quando as duas coroas estiveram unidas; judeus (originários, sobretudo da península ibérica), ingleses, franceses e holandeses. Esporadicamente, viajavam para o Brasil cientistas, missionários, navegantes e piratas ingleses, italianos ou alemães.

Imigração no século XIX
A imigração propriamente dita verificou-se a partir de 1808, vésperas da independência, quando instalou-se um permanente fluxo de europeus para o Brasil, que se acentuou com a fundação da colônia de Nova Friburgo, na província do Rio de Janeiro, em 1818, e a de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1824. Dois mil suíços e mil alemães radicaram-se no Brasil nessa época, incentivados pela abertura dos portos às nações amigas. Outras tentativas de assentar irlandeses e alemães, especialmente no Nordeste, fracassaram completamente. Apesar de autorizada a concessão de terras a estrangeiros, o latifúndio impedia a implantação da pequena propriedade rural e a escravidão obstaculizava o trabalho livre assalariado.
Na caracterização do processo de imigração no Brasil encontram-se três períodos que correspondem respectivamente ao auge, ao declínio e à extinção da escravidão.

O primeiro período vai de 1808, quando era livre a importação de africanos, até 1850, quando decretou-se a proibição do tráfico. De 1850 a 1888, o segundo período é marcado por medidas progressivas de extinção da escravatura (Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, alforrias e, finalmente, a Lei Áurea), em decorrência do que as correntes migratórias passaram a se dirigir para o Brasil, sobretudo para as áreas onde era menos importante o braço escravo. O terceiro período, que durou até meados do século XX, começou em 1888, quando, extinta a escravidão, o trabalho livre ganhou expressão social e a imigração cresceu notavelmente, de preferência para o Sul, mas também em São Paulo, onde até então a lavoura cafeeira se baseava no trabalho escravo.
Após a abolição, em apenas dez anos (de 1890 a 1900) entraram no Brasil mais de 1,4 milhão de imigrantes, o dobro do número de entradas nos oitenta anos anteriores (1808-1888).

Acentua-se também a diversificação por nacionalidades das correntes migratórias, fato que já ocorria nos últimos anos do período anterior. No século XX, o fluxo migratório apresentou irregularidades, em decorrência de fatores externos -- as duas guerras mundiais, a recuperação europeia no pós-guerra, a crise nipônica -- e, igualmente, devido a fatores internos. No começo do século XX, por exemplo, assinalou-se em São Paulo uma saída de imigrantes, sobretudo italianos, para a Argentina. Na mesma época verifica-se o início da imigração nipônica, que alcançaria, em cinquenta anos, grande significação. No recenseamento de 1950, os japoneses constituíam a quarta colônia no Brasil em número de imigrantes, com 10,6% dos estrangeiros recenseados.

Distribuição do imigrante
Distinguem-se dois tipos de distribuição do imigrante no país, com efeitos nos processos de assimilação. Pode-se chamar o primeiro tipo de "concentração", em que os imigrantes se localizam em colônias, como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nesse caso, os imigrantes não mantêm contato, nos primeiros tempos, com os nacionais, mas a aproximação ocorre à medida que a colonização cresce e surge a necessidade de comercialização dos produtos da colônia. O segundo tipo, que se pode chamar de "dispersão", ocorreu nas fazendas de café de São Paulo e nas cidades, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Nessas áreas, o imigrante, desde a chegada, mantinha-se em contato com a população nacional, o que facilitava sua assimilação.
Os principais grupos de imigrantes no Brasil são portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses, que representam mais de oitenta por cento do total. Até o fim do século XX, os portugueses aparecem como grupo dominante, com mais de trinta por cento, o que é natural, dada sua afinidade com a população brasileira. São os italianos, em seguida, o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados, sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país. Seguem-se os espanhóis, com mais de dez por cento, os alemães, com mais de cinco, e os japoneses, com quase cinco por cento do total de imigrantes.

Contribuição do imigrante
No processo de urbanização, assinala-se a contribuição do imigrante, ora com a transformação de antigos núcleos em cidades (São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias, Farroupilha, Itajaí, Brusque, Joinville, Santa Felicidade etc.), ora com sua presença em atividades urbanas de comércio ou de serviços, com a venda ambulante, nas ruas, como se deu em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Outras colônias fundadas em vários pontos do Brasil ao longo do século XIX se transformaram em importantes centros urbanos. É o caso de Holambra SP, criada pelos holandeses; de Blumenau SC, estabelecida por imigrantes alemães liderados pelo médico Hermann Blumenau; e de Americana SP, originalmente formada por confederados emigrados do sul dos Estados Unidos em consequência da guerra de secessão. Imigrantes alemães se radicaram também em Minas Gerais, nos atuais municípios de Teófilo Otoni e Juiz de Fora, e no Espírito Santo, onde hoje é o município de Santa Teresa.
Em todas as colônias, ressalta igualmente o papel desempenhado pelo imigrante como introdutor de técnicas e atividades que se difundiram em torno das colônias. Ao imigrante devem-se ainda outras contribuições em diferentes setores da atividade brasileira.

Uma das mais significativas apresenta-se no processo de industrialização dos estados da região Sul do país, onde o artesanato rural nas colônias cresceu até transformar-se em pequena ou média indústria. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, imigrantes enriquecidos contribuíram com a aplicação de capitais nos setores produtivos.
A contribuição dos portugueses merece destaque especial, pois sua presença constante assegurou a continuidade de valores que foram básicos na formação da cultura brasileira.

Os franceses influíram nas artes, literatura, educação e nos hábitos sociais, além dos jogos hoje incorporados à lúdica infantil. Especialmente em São Paulo, é grande a influência dos italianos na arquitetura. A eles também se deve uma pronunciada influência na culinária e nos costumes, estes traduzidos por uma herança na área religiosa, musical e recreativa.
Os alemães contribuíram na indústria com várias atividades e, na agricultura, trouxeram o cultivo do centeio e da alfafa. Os japoneses trouxeram a soja, bem como a cultura e o uso de legumes e verduras. Os libaneses e outros árabes divulgaram no Brasil sua rica culinária.
Texto copiado na íntegra.



quinta-feira, 14 de maio de 2020

A Escravidão Indígena e a Luta por Liberdade.

A "Confederação dos Tamoios" representou um conflito de resistência indígena majoritariamente dos Tupinambás (Tupiniquins, Aimorés e Temiminós), ocorrida entre os anos de 1554 e 1567, no período denominado de Brasil Colônia, nas áreas compreendidas entre o litoral norte paulista e sul fluminense (desde Bertioga a Cabo Frio). Foi o primeiro grande conflito dos índios no Brasil, os quais lutavam pela liberdade e ainda pelo território, o que reuniu inúmeros caciques resultando na morte de muitos portugueses, franceses, índios e a fuga de alguns.
Para saber mais: Brasil Colônia e Índios Brasileiros

Resumo

Com a chegada dos portugueses em terras brasileiras, os povos que aqui estavam (índios) entraram em diversos conflitos em função da proteção de suas terras e ademais, muitos deles foram escravizados pelos europeus. Esse evento representou, em partes, o fim da escravidão indígena e o início da escravidão africana, que por sua vez durou cerca de 400 anos. Foi a partir daí que surgiram os navios negreiros, os quais exportavam africanos para serem escravizados no Novo Mundo.
Um dos responsáveis pela Capitania de São Vicente, Brás Cubas e seu amigo João Ramalho eram a favor da escravização indígena. Diante desse contexto, muito índios se revoltaram e sob a liderança do chefe indígena tupinambá Cunhambebe, ao lado dos caciques Pindobuçú, Koakira, Araraí e Aimberê, a Confederação de Tamoios representou um dos combates mais sangrentos entre colonos e europeus, o que fortaleceu ainda mais a presença da Coroa Portuguesa no Brasil.

Curiosidades

  • O termo “Tamoio” atribuído às revoltas entre indígenas e portugueses no século XVI, na língua tupi, significa “antepassado”.
  • Em homenagem às revoltas de resistência indígena, muitas ruas, avenidas e praças no país levam seu nome, tal qual a Rodovia dos Tamoios, no litoral de São Paulo, região anteriormente habitada pelos indígenas.
Fonte: Texto Copiado na íntegra do site: 






segunda-feira, 11 de maio de 2020

Os Regimes autoritários. Fascismo e Naszismo.

Fascismo

O fascismo italiano iniciou com Benito Mussolini em 1919, com a fundação do Partido Nacional Fascista (PNF).
De inspiração anticomunista e antidemocrática, os fascistas entraram no governo italiano após a A Marcha sobre Roma, em 1922. Diante da numerosa multidão que o apoiava, Mussolini foi convidado a ser chefe do governo pelo rei Vítor Emanuel III.
Mussolini foi incorporando gradualmente o partido fascista ao governo, nomeando ministros dos membros fascistas, reformando a educação e captando adeptos entre os marginalizados.
O governo fascista de Mussolini foi o primeiro regime totalitário de direita que surgiu na Europa e só terminou com a Segunda Guerra Mundial.

Nazismo

Hitler foi a figura máxima do regime nazista que se instaurou na Alemanha a partir de 1933. Inspirado no fascismo italiano, o nazismo ainda acrescentou no seu programa a superioridade da raça ariana sobre às demais.
O governo nazista promoveu ideias antissemitas, perseguindo e exterminando principalmente judeus. No entanto, também eliminou fisicamente deficientes físicos e intelectuais, comunistas, religiosos.
Para contar com o apoio do Exército alemão, o nazismo propagou a ideia de "espaço vital". Inicialmente, este compreendia os povos germânicos como austríacos e alemães que viviam na Tchecoslováquia. Depois, seria ampliado para o leste europeu e acabaria por iniciar a Segunda Guerra Mundial.
O nazismo terminou em 1945 com o suicídio de Adolf Hitler e o fim da Segunda Guerra Mundial

Fonte:
Texto copaido em parte do site: https://www.todamateria.com.br/regimes-totalitarios-na-europa/.
Acesse o link acima para ter acesso ao texto na íntegra.

A Primavera dos Povos

Primavera dos Povos é o nome que se dá a uma série de movimentos revolucionários de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848. Com a Revolução Francesa de 1789, os ideais libertários espalharam-se por toda a Europa, assustando as monarquias absolutistas europeias. Nesse cenário é que se institui o Congresso de Viena, em 1815, que buscava uma restauração da antiga ordem vigente (pré-1789). Monarquias que haviam sido abolidas foram restauradas, e políticas repressoras voltaram a ser aplicadas à população.
Podemos encontrar na França, no ano de 1830 as sementes dos movimentos revolucionários de 1848. Com a subida do rei Luís Filipe da França, denominado "rei burguês", havia esperança entre a classe burguesa que seus interesses seriam devidamente representados, sendo o próprio monarca oriundo daquela classe.
O arranjo proporcionado pelo governo de Luís Filipe era comum em todo continente, onde governos autocráticos, que não abriam espaço para as classes subalternas dominavam o cenário político-social. Além disso, uma colheita sofrível no campo, entre os anos de 1845 e 1846 e uma consequente crise econômica, tanto no setor agrícola quanto industrial, preparou o terreno para que, durante o ano de 1848, revoluções de cunho liberal se espalhassem por toda Europa, sendo o primeiro foco na Sicília, e depois para a Hungria, França, Alemanha e Áustria.
A ideologia predominante, e que de certo modo unia todos os movimentos era a de um socialismo utópico (tanto que naquele mesmo ano temos a concepção do famoso "Manifesto Comunista" de Karl Marx e Friedrich Engels). Até mesmo em terras brasileiras os ecos das perturbações que assolavam a Europa se fazem sentir, com a Revolução Praieira, ocorrida na província de Pernambuco, em 1848.
Nos diversos países europeus, a Primavera dos Povos desenvolveu-se da seguinte maneira:

Itália

Na Itália havia o projeto central de unificação do país, que ocorreria somente em 1861 e que eclipsou tais preocupações sócio-econômicas. A ordem acabou por ser reestabelecida pelas diversas potências que dominavam as diversas regiões do território italiano à epoca, nomeadamente França e Áustria.

Hungria

Na Hungria, como na Itália, as ideias de afirmação e independência nacional acabavam por se igualar e até mesmo superar as preocupações de ordem mais prática. Ocorrem rebeliões no início do ano, e o governo que surge das eleições faz do país um território virtualmente livre do jugo austríaco. A Áustria invade o país, o governo eleito demite-se e a repressão que se segue é duríssima, terminando com as revoltas.

Áustria

Na Áustria, setores da aristocracia rebelaram-se contra a monarquia. Várias revoltas ocorrem, com destaque para a ocorrida em Praga. Em novembro de 1848, o imperador abdica, porém, tal situação será revertida em 1852, com a restauração do regime.

Alemanha

Na Alemanha, havia como na Itália, a questão da reunificação. Área em plena fase de industrialização, as revoltas operárias e camponesas proliferam-se. Chegou-se a elaborar uma nova constituição, mas esta termina por ser rejeitada pelo rei, e a situação termina com poucos progressos em relação à realidade anterior.

França

Na França, o rei Luís Filipe abdica em 1848. A república é proclamada, porém, a instabilidade irá continuar até cerca de 1851, quando, através de um glope palaciano, Carlos Luís Napoleão Bonaparte proclama o Segundo Império Francês, com o título de Napoleão III.
Na maior parte, as revoltas em toda Europa foram controladas, e as mudanças sociais que os movimentos revolucionários tanto ansiavam acabaram sufocadas pela emergente Segunda Revolução Industrial e por uma tênue calmaria econômica, que seria acompanhada de uma calmaria política. Os regimes autocráticos teriam sobrevida até o início da Primeira Guerra Mundial, onde a ordem estabelecida em Viena seria finalmente implodida.
Bibliografia:
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/primavera-dos-povos.jhtm - UOL Vestibular - Revoluções de 1848
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1704u54.jhtm





Organização do Trabalho na Sociedade.

trabalho é a atividade por meio da qual o ser humano produz sua própria existência. Essa afirmação condiz com a definição dada por Karl Marx quanto ao que seria o trabalho. A ideia não é que o ser humano exista em função do trabalho, mas é por meio dele que produz os meios para manter-se vivo. Dito isso, o impacto do trabalho e do seu contexto exercem grande influência na construção do sujeito. Assim, existem áreas do conhecimento dedicadas apenas a estudar as diferentes formas em que se constituem as relações de trabalho e seus desdobramentos na vida de cada um de nós.
Não seria difícil, então, de se imaginar que, quando as relações de trabalho alteram-se no fluxo de nossa história, as nossas estruturas sociais também são alteradas, principalmente a forma como se estruturavam nossas relações, posições na hierarquia social, formas de segregação e, em grande parte, aspectos culturais erguidos em torno das relações de trabalho.
O trabalho no decorrer da história
Tomemos como exemplo o rápido processo de mudança que atingiu os países europeus no início do século XVIII, o qual hoje chamamos de Primeira Revolução Industrial. As relações de trabalho, anteriormente, eram fortemente agrárias, constituídas dentro do âmbito familiar. O ofício dos pais era geralmente passado aos filhos, o que garantia a construção de uma forte identidade ligada ao labor a que o sujeito se dedicava. O indivíduo estava ligado à terra, de onde tirava seu sustento e o de sua família. A economia baseava-se na troca de serviços ou de produtos concretos, e não no valor fictício agregado a uma moeda. Da mesma forma, o trabalho também estava agregado à obtenção direta de bens de consumo, e não a um valor variável de um salário pago com uma moeda de valor igualmente variável. A estrutura social era rígida, com pouca ou nenhuma mobilidade para os sujeitos, ou seja, um camponês nascia e morria camponês da mesma forma que um nobre nascia e morria nobre.
As mudanças trazidas pelo surgimento da indústria alteraram profundamente o sentido estabelecido para o trabalho e para a relação do sujeito com ele. A impessoalidade nas linhas de montagem que a adoção do Fordismo trouxe, em que milhares de pessoas amontoavam-se diante de uma atividade repetitiva em uma linha de montagem, sem muitas vezes nem ver o resultado final de seu esforço, passou a ser a principal característica do trabalho industrial.

O trabalho presente e futuro
As transformações de nossas relações de trabalho não pararam na Revolução Industrial, pois ainda hoje o caráter de nossas atividades modifica-se. Contudo, as forças que motivam essas mudanças são outras. A globalização é um dos fenômenos mais significativos da história humana e, da mesma forma que modificou nossas relações sociais mais íntimas, modificou também nossas relações de trabalho. A possibilidade de estarmos interconectados a todo momento encurtou distâncias e alongou nosso período de trabalho. O trabalho formal remunerado, que antes estava recluso entre as paredes das fábricas e escritórios, hoje nos persegue até em casa e demanda parte de nosso tempo livre, haja vista a crescente competitividade inerente ao mercado de trabalho.
A grande flexibilidade e a exigência por uma mão de obra cada vez mais especializada fazem com que o trabalhador dedique cada vez mais tempo de sua vida para o aperfeiçoamento profissional. Essa é uma das origens das grandes desigualdades sociais da sociedade contemporânea, uma vez que apenas aqueles que dispõem de tempo e dinheiro para dedicar-se ao processo de formação profissional, caro e exigente, conseguem subir na hierarquia social e econômica.
A introdução da automação na produção de bens de consumo tornou, em grande parte, a mão de obra humana obsoleta, aumentando o tamanho do exército de trabalhadores e diminuindo o valor da força de trabalho nos países que dispõem de grande população, mas com baixa especialização. Como resultado, a situação do trabalho só piora, pois se preocupar com o bem-estar do empregado é algo caro e, na concepção que prioriza o lucro monetário, não é um investimento que garanta renda imediata.

Por Lucas Oliveira
Graduado em Sociologia

quinta-feira, 7 de maio de 2020

O Quilombo dos Palmares




Quilombo dos Palmares é considerado o maior símbolo de resistência contra a escravidão no Brasil. Os primeiros registros desses agrupamentos foram por volta de 1580 quando os escravos fugiram da capitania de Pernambuco para a região da Serra da Barriga. Eles persistiram por quase um século formando uma comunidade de negros trazidos da África.
As invasões holandesas em 1624-1625 e em 1630-1654 favoreceram a fuga desses escravos dos canaviais nordestinos. Até à presente data, não é possível descrever um número exato dos habitantes dos Palmares, mas estima-se que foi em torno de vinte mil. Os senhores de engenho estavam com as atenções totalmente voltadas às invasões holandesas e não à evasão dos negros.

Os escravos se dividiram em diversos povoamentos entre eles o de Cerca Real do Macaco, considerado o maior centro político do Quilombo com em média 1.500 casas. Subupira tinha em média 800 habitações onde realizavam as atividades militares. Zumbi foi o maior líder do Quilombo e sua esposa Dandara comandava o exército feminino.
O Quilombo era todo cercado de madeira e a segunda fileira de cerca ficava a 300 metros da primeira. Havia uma sentinela reforçada com pedras e a entrada era composta de um portão também de madeira onde todo o acesso da aldeia era controlado. Nos arredores do assentamento eram feitos diversas armadilhas executadas com buracos e lanças profundas cobertas com folhas. Somente os moradores conheciam o caminho seguro para chegar ao Quilombo.
As casas eram construídas de madeiras e folhas de palmeiras. O azeite servia como líquido inflamável para cozinhar e manter as tochas acesas para iluminarem a aldeia durante a noite. Os móveis e utensílios domésticos eram artesanais ou de cerâmica e as cestas eram de tecidos trazidos ou furtados das fazendas vizinhas.
Todo meio de subsistência provinha das lavouras e eles plantavam milhofeijão, mandioca, banana, goiaba, abacate, caju, etc. Caçavam, pescavam e armazenavam água em poços. Os animais de pequeno porte e as galinhas eram criados no agrupamento. Falavam português misturado com os dialetos de origem.
Há poucos registros sobre a organização política e alguns estudiosos afirmam que eles se estabeleciam tal como os estados da África, onde um oligarca governava e ditava ordens. Esse tipo de atitude leva a acreditar que dentro do próprio Quilombo havia escravidão e esta prática acontecia devido à adaptação dos negros recém-chegados, que achavam que não teriam que trabalhar como anteriormente, mas ao chegarem, viam que isso era necessário para manter a subsistência no local. Outra teoria é de que alguns negros eram capturados nas fazendas e levados para o Quilombo para realizarem trabalho forçado na lavoura. No entanto há quem afirme que as atividades eram divididas conforme a habilidade de cada pessoa.
Após a expulsão dos holandeses do país, as atenções dos portugueses se voltaram ao cultivo da cana-de-açúcar e também ao aumento do preço do escravo. Com a mão-de-obra cada vez mais escassa os colonos começaram a se atentarem mais na fuga dos escravos tentando encontrar os que já haviam fugido.
Os quilombos liderados por Zumbi faziam vários ataques no engenho, libertavam escravos, roubavam armas e munições. Após várias tentativas sem sucesso de vencer os quilombos, os portugueses diziam que era mais fácil vencer os holandeses do que os escravos.
Foi então que o governador de Pernambuco Caetano Castro delegou uma função ao bandeirante Domingos Jorge Velho e ao Capitão-Mor Bernardo Melo que consistia em capturar e coagir o quilombola Antônio Soares. Para a sua liberdade este tinha que revelar aonde era o esconderijo do líder do Quilombo dos Palmares, e ele assim o fez.
Através de uma emboscada, Zumbi dos Palmares foi morto no dia 20 de Novembro de 1695. Sua cabeça foi cortada e exposta em praça pública como forma de demonstrar aos outros escravos qual seria a consequência se tentassem fugir. Com a morte do maior líder da resistência negra da época, a comunidade não conseguiu sobreviver. Em memória ao Zumbi, a data de seu falecimento ficou conhecida como Dia da Consciência Negra no Brasil.


Vídeo documentário produzido pela TV Brasil.




SP 462 anos: como a cara da cidade mudou ao longo do tempo.


A Revista Exame fez uma excelente reportagem sobre as mudanças na cidade de São Pulo.
Copiamos na íntegra a reportagem com as fotos.
Vale ressaltar que o texto foi copiado na íntegra, inclusive com dados e data da postagem no site da revista.

SP 462 anos: como a cara da cidade mudou ao longo do tempo

Uma seleção de imagens que mostra as mudanças que ocorreram ao longo dos anos na capital paulista