As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos sobre os mulçumanos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato, de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.
Primeira Cruzada (1095 - 1099) - A Primeira
Cruzada partiu da Europa, em 1096, depois de convocada por Urbano II em 1095,
na cidade francesa de Clermont-Ferrand. Isso aconteceu em oposição ao
impedimento da peregrinação dos europeus. Muitos camponeses foram a combate
pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual e recompensas da
Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas
em combate.
Segunda Cruzada (1147 - 1149) - Como a
situação dos cristãos era precária, em 1144 os muçulmanos reconquistaram
Edessa. São Bernardo, em 1147, pregou na Europa a Segunda Cruzada. De
Ratisbona, na Alemanha, partiram o imperador Conrado II e Luís VII da França.
Chegaram a Antioquia e Acre, mas foi em vão que tentaram conquistar Damasco.
Até então, o Califado do Oriente fora dirigido por soberanos turcos, que haviam
adotado uma política conciliatória em relação aos cristãos. Mas o califa
Nuredin foi substituído por seu Vizir, Saladino, que retomou a ofensiva contra
os cristãos e ocupou Jerusalém em 1187.
Terceira Cruzada (1189 - 1192) - Essa
Cruzada foi convocada em 1189. Frederico Barba-Ruiva, Ricardo Coração de Leão e
Felipe Augusto se comprometeram a partir. Frederico morreu na Ásia Menor,
enquanto Ricardo e Felipe, que vinham por mar, se desentenderam. Depois da
tomada de Acre, Felipe regressou à França. Ricardo permaneceu na Palestina,
chegando a vencer Saladino na Batalha de Arsuf, mas suas tropas estavam
depauperadas, sem condições de sitiar Jerusalém. Ricardo fez então um acordo
diplomático com Saladino e regressou à Europa.
Quarta Cruzada (1202 - 1204) - O
malogro da terceira Cruzada causou grande impressão no Ocidente. Inocêncio III,
que recém assumira o pontificado, pregou então a Quarta Cruzada, a partir de
1202. Esta cruzada não chegou a combater os muçulmanos, limitando-se a atacar e
pilhar populações cristãs. Por esse motivo, seus participantes chegaram a ser
excomungados por Inocêncio III.
Quinta Cruzada (1217 - 1221) - Esta
Cruzada teve como chefes João de Brienne e Leopoldo VI da Áustria. A expedição
tocou em Acre e depois avançou para o Egito, sem conseguir conquistá-lo.
Sexta Cruzada (1228 - 1229) - A Sexta
Cruzada foi conduzida por Frederico II, da Alemanha; este, mediante
negociações, entrou em acordo com o sultão de Bagdá, recebendo algumas
concessões econômicas e o ´titulo de rei de Jerusalém.
Sétima e Oitava Cruzadas (1248 - 1250 e 1270) -
Estas Cruzadas foram chefiadas pro Luís IX da França. Em 1248 o monarca
desembarcou no Egito, onde foi feito prisioneiro. Libertado depois de pagar
resgate, retomou a ofensiva em 1270 e desembarcou em Túnis, no Norte da África,
onde morreu vitimado pela peste.
Durante algum tempo, os cristãos ainda reteriam certos pontos de apoio na
Ásia. A última posição a cair nas mãos dos muçulmanos foi São João d'Acre, em
1291.
A realidade agrária feudal européia, que já estava em crise, iria entrar
em um irreversível processo de desintegração.
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