terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A Transição do Feudalismo para o Renascimento



O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval.

A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo.

Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.

A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.

Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de Petrarca (“De África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem como as pinturas de Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante Cristo Morto”). Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora da Itália, o Renascimento contou com a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as críticas ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura).

Na fase final do Renascimento, o Cinquecento, movimento ganhou grandes proporções dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal podemos destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”). No campo científico devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos estudiosos Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o monopólio dos saberes desde então controlados pela Igreja.

Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.
 
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm

domingo, 18 de novembro de 2012

A EXPANSÃO PARA O EOSTE E A DOUTRINA DO DESTINO MANIFESTO

Por Emerson Santiago

Entende-se como a expansão territorial dos EUA aquele período que se estende praticamente durante todo o século XIX, onde o país aumenta de modo extraordinário as suas fronteiras, chegando ao fim do mesmo período com praticamente as dimensões continentais que hoje possui.

Inicialmente constituído por treze estados alinhados ao longo da costa leste da américa do norte, a jovem nação constituía um pequeno país, estendendo-se do Maine à Flórida e horizontalmente entre a costa do Atlântico e o rio Mississipi. Esta pequena nação, porém, logo desenvolve uma filosofia em trono do expansionismo. Tal filosofia concentrava-se em torno da crença de que os habitantes das ex-colônias britânicas haviam sido escolhidos por Deus para exercer uma liderança mundial, sendo que nada nem ninguém poderia impedir este destino. E é assim que ficou conhecida esta filosofia, denominada Doutrina do Destino Manifesto, que serviu de impulso para que os norte-americanos saíssem de suas fronteiras, indo ocupar o vasto e quase inexplorado oeste.



A expansão territorial se deu basicamente de quatro formas:
1 – Compra de territórios – foi por este formato de expansão territorial que se deu os primeiros importantes avanços na linha fronteiriça norte-americana, com a compra da Luisiana à França de Napoleão Bonaparte em 1804 e a compra da Flórida em 1819 aos espanhóis. Importante lembrar que os 15 milhões de dólares gastos pelos EUA na compra do território denominado Luisiana à época fazia referência a uma faixa territorial muito maior que o atual estado da Luisiana, que se estendia do Golfo do México às fronteiras com o Canadá britânico.

2 – Diplomacia – é exemplo deste formato de expansão a anexação do Óregon aos ingleses, em 1846, a partir de compensações de natureza diversas pelo direito de soberania ao território.

3 – Guerra - nesta categoria, o México foi a maior vítima do expansionismo norte-americano, pois perdeu parte considerável de seu território original. Inicialmente, os colonos norte-americanos estabelecidos no Texas declararam a independência deste, logo depois aceitando sua incorporação aos Estados Unidos. Os conflitos iniciados com a ocupação de colonos dos EUA em várias partes de território pertencente ao México chegaria ao fim somente em 1845, através do tratado de Guadalupe-Hidalgo, que estabelecia a fronteira entre México e Texas, além de ceder aos norte-americanos as atuais Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado por meio de uma indenização de 15 milhões de dólares.

4 – Guerra contra as nações indígenas – em sua marcha para o Oeste, expandindo o território dos EUA, era imprescindível aos colonos que “pacificassem” os povos indígenas estabelecidos ao longo de todos os novos territórios, ocupando suas terras efetivamente. Provavelemente foram os povos indígenas aqueles que mais perderam com a filosofia do Destino Manifesto, sendo muitos deles exterminados, outros depararam-se com uma quase-extinção, outros acabaram assimilados aos dominadores.

Os Estados Unidos continuariam sua expansão durante o século XX, mas agora adquirindo territórios ultramarinos, espécie de “neo-colônias”, como por exemplo Cuba, Porto Rico, Filipinas, a Samoa Americana ou as ilhas Marianas.

Bibliografia:
PAULO, José . A expansão territorial dos EUA no século XIX . Disponível em: http://zepauloblog.blogspot.com/2008/09/expanso-territorial-dos-eua-no-sculo.html Acesso em: 12 jul. 2011.

Mapa: http://regentsprep.org/regents/ushisgov/themes/geography/historicalinfluences.cfm

Fonte:http://www.infoescola.com/historia/expansao-territorial-dos-eua

RENASCIMENTO COMERCIA E URBANO E A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS


As Rotas

O comércio de produtos na Europa desenvolve-se em dois centros:
No Norte da Europa, onde a Liga Hanseática -união de cidades alemãs- através dos mares do Norte e Báltico, monopolizava o comércio de peles, madeiras, peixes secos, etc...
Na Itália, onde cidades como Veneza e Gênova, monopolizavam o comércio de produtos vindos do Oriente, como a seda, cravo, canela, etc...

Estes centros comerciais eram interligados por rotas terrestres, sendo que a mais importante era a de Champagne.


As feiras

Contribuíram para a dinamização do comércio e das trocas monetárias. Desenvolveram-se no encontro de rotas comerciais ( os nós de trânsito ). A principal feira ocorria na cidade de Champagne, na França.

Renascimento Urbano

O intenso desenvolvimento comercial colaborou para o desenvolvimento das cidades medievais e de uma nova classe social, a burguesia.
A burguesia inicia uma luta pela emancipação das cidades dos domínios do senhor feudal ( movimento comunal ).

No interior das cidades ( Burgos ), a produção urbana estava organizada nas chamadas Corporações de Ofício. ( Guildas na Itália ). O principal objetivo destas organizações era regulamentar a produção, defendendo o justo preço e praticando o monopólio.
O interior da Corporação de Ofício apresentava uma divisão hierárquica, a saber: o mestre, o aprendiz e o jornaleiro - pessoa que recebia por uma jornada de trabalho.

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS

A formação das Monarquias Nacionais está associada à aliança entre a burguesia comercial e o rei, efetivada no final da Baixa Idade Média.

O interesse da burguesia nesta aliança era econômico, pois o senhor feudal era um obstáculo para o desenvolvimento de suas atividades: impostos excessivos, pesos e medidas não padronizados e ausência de unificação monetária.

Já o rei, que buscava centralizar o poder político, a classe de senhores feudais representava seu principal obstáculo ( lembre-se que o poder político feudal era fragmentado ). Para fazer valer sua autoridade era necessário a criação de um exército, formado por mercenários.

Assim, a burguesia comercial passa a financiar a montagem deste exército. O rei passa a superar o senhor feudal e a impor sua vontade. A centralização do poder político implica na unificação econômica: padronização de pesos, medidas e monetária -incentivando as trocas comerciais. A Monarquia passa a criar as Companhias de Comércio, onde o monopólio da atividade comercial ficará a cargo da burguesia.
Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4435/1/A-BAIXA-IDADE-MEDIA/Paacutegina1.html